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Geógrafo Jorge Gaspar condecorado como Grande Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique pelo Presidente da República Cavaco Silva

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

POOC - Plano de Ordenamento da Orla Costeira

Os habitantes da "ilha de Faro" estão por estes dias de prevenção devido às más condições atmosféricas que tem assolado o Algarve desde a passada semana. É um velho problema, que se repete praticamente todos os anos, causando por vezes grande alarmismo.
A "ilha de Faro", que não é uma ilha (apesar de assim ser chamada), mas sim uma península (Península do Ancão), situa-se em pleno sistema lacustre ou lagunar do Parque Natural da Ria Formosa. Esta península funciona como uma barreira/cordão de protecção aos ilhotes, sapais e canais que formam a laguna. Esta barreira/cordão tem em quase toda a sua extensão uma largura que por vezes não ultrapassa os 50 metros. Ainda assim é ocupada desde há muitos anos por diversas estruturas como habitações, cafés, restaurantes e até mesmo um parque de campismo.
O POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira) é um instrumento criado com o objectivo de ordenar os diferentes usos e actividades específicas da orla costeira, classificar as praias e regulamentar o uso balnear, valorizar e qualificar as praias consideradas estratégicas por motivos ambientais e turísticos, enquadrar o desenvolvimento das actividades específicas da orla costeira e assegurar a defesa e conservação da natureza. O POOC Vilamoura-Vila Real de Santo António é um dos nove POOC´s elaborados para o litoral português e abrange a área correspondente ao Parque Natural da Ria Formosa (zona do Sotavento Algarvio). O Barlavento Algarvio também foi contemplado com um POOC, neste caso entre as áreas de Vilamoura e o Burgau no concelho de Vila do Bispo. Estes planos têm vindo a ser aplicados de forma faseada e neste momento algumas áreas do Parque Natural da Ria Formosa começaram já a sofrer as primeiras intervenções. A "ilha de Faro" é uma das áreas em que tardam as intervenções, certamente devido à natureza das mesmas e às consequências para os habitantes locais e para as actividades económicas ai desenvolvidas.
Entre o tempo de espera pela criação de um plano de intervenção para esta área e a necessidade de acautelar os interesses das populações locais, a natureza não vai dando tréguas e vai fazendo os seus estragos.
A situação na "ilha de Faro" complica-se cada vez mais e de acordo com estudos de monitorização feitos por investigadores da Universidade do Algarve, a "língua" de areia da "ilha de Faro" tem cada vez dimensões mais reduzidas, pelo que urge uma resolução rápida, sob pena de podermos assistir ao desmoronamento das diferentes estruturas ali edificadas.

1 comentário:

  1. Estou em desacordo com uma boa parte do texto.
    http://olhaolivre.blogspot.com/2009/12/cada-qual-que-pense-por-si.html
    http://olhaolivre.blogspot.com/2009/12/quinta-de-marim-olhao.html
    http://olhaolivre.blogspot.com/2009/11/polis-da-ria-formosa.html
    http://olhaolivre.blogspot.com/2009/11/rtp-biosfera.html
    http://olhaolivre.blogspot.com/2009/11/discusao-publica-do-polis-ria-formosa.html
    Seriam imensos os exemplos que poderíamos dar para contestar a aplicação do POOC e do POLIS...

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